sábado, 21 de agosto de 2010

Anotação

Quando estou sob minhas paredes
O contorno do mundo é de uma paciência infinita com as coisas.
Como elas me aturam. Como me sirvo delas, meu Deus.
Como são mansas e prestativas. Iguais e fiéis.
Acho que existe um anjo da guarda de todas as coisas. Impossível que não.
As coisas são tão inocentes.

(Não sei o que seria de alguém sem um grande amor. E sem suas coisas )


Neusa Doretto

4 comentários:

José Carlos Brandão disse...

Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase - disse Drummond. Por isso é preciso amar as coisas. A tristeza do mundo é infinita. Amemos.

Sidnei Olivio disse...

Oi Neusa, tudo bem!? Não postei ainda no Curta, porque estava esperando chegar a minha vez... chegou? Me dê um ok, ok? Beijos, querida.

Regina Artes disse...

Oi Neusa, adoro te visitar e ler suas poesias...realmente o amor sincero e simples só pode fazer muito bem a alma....
Beijos e boa semana....

Mara faturi disse...

Ahh minha sister amada...isso me lembrou Manoel de Barros e sua sabedoria poética das coisas que são sem o ser...
Bjos!