Há em mim uma pressa,
em dizer o instante da vida, o segundo que me traduz. Então, alvoraçada, crio palavras pequenas como pedras onde embrulho a poesia e jogo longe. Assim , quem
pegar, desembrulha e me conhece .Ou me toca.Tira do caminho e leva consigo.
Há em mim a pressa de
ser intensamente a vida, por onde venho à tona, mar de espontaneidade e repetição.
Porque repito os sentimentos mesmo que sejam diferentes ( e o são)
Repito a
vida todos os dias nas batidas do coração e no andar para frente. Não há
originalidade em ser gente.
Amo e sou amada porque todos amam
igualmente, mesmo quando não mais sentem.
Amo o espaço que há para ser amado em
mim e cada sonho plantado alí; flor que nasce para ser apanhada pelas mãos desconhecidas.
Porque as mãos do amor são desconhecidas.
Há em mim o movimento brusco, a mudança repentina de ideia e a
alma perguntando o porquê de todas as coisas.
Se tão iguais ,por que
ainda quero mais ?
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