Corpo

 

Prazerosa pele que 

reveste

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Arrepia aos toques da temperatura 

E das mãos .

Prazeroso corpo que responde ao cérebro nos movimentos.

Corpo , sagrado corpo.

Entrega-o ao amor.

Poema da cachaça

Não é bem da cachaça que escreve a poeta

A  boca inquieta balbucia um nome

enquanto bebe

enquanto come

Final Feliz

 

Apaixonadas se encontram após enchente. 

Enquanto uma se debatia ,tentando nadar , a outra boiava no nível da água , segurando no sofá afundado na enorme correnteza. 

Passaram horas sobrevivendo ao frio e ao medo. 

O bombeiro localizou as duas. Foram resgatadas. 

Agora , vivem abraçadas , em torno da lareira de folhas de jornal.

Saudade

 

À tarde 

Dá vontade

De comer.

À tarde dá vontade

De amanhecer.

À tarde dá vontade de ser uma coisinha lá no céu

Uma coisinha , rastro de estrela

E só voltar a mim

Quando puder vê-la !